O Avestruz (Struthiocamelus) é a maior ave do planeta e tem como habitat natural as regiões leste e sul da África.

Pertencentes ao grupo das “ratitas” (do latim, ratis = jangada), são aves corredoras (atingem até 60 km/h), incapazes de voar, pois não possuem quilha sobre o esterno nem musculatura peitoral adequada para o vôo. Suas plumas também não possuem a típica estrutura interligada de penas de aves voadoras.

É uma ave de planície e prados abertos áridos e semi-áridos, mas se adapta a uma grande variedade de climas - desde os invernos chuvosos e a neve na região do Cabo, até as condições extremamente quentes dos verões no deserto africano.

Possuem longas pernas, pés com dois dedos e, apenas um dedo com unha. Seus músculos mais importantes são os das pernas.

Como em todas aves, o esôfago do avestruz está localizado no lado direito do pescoço, não possuem papo e sim um proventrículo grande e distensível, onde a água e o alimento volumoso são estocados e misturados com as excreções glandulares e um ventrículo (moela).

Possuem dois cecos e intestinos longos, que promovem a digestão bacteriana, e sua temperatura corpórea permanece entre 37,8o.C – 39o.C. Os avestruzes são estritamente bipodais (não podem se apoiar ou pular com uma perna, nem podem pular com as duas simultaneamente), atingem quando adultos a altura de 2,00m à 2,70m e pesam entre 150kg à 160kg.

Possuem dimorfismo sexual marcante que aparece a partir dos 18 meses de idade: os machos são pretos com a ponta das asas brancas e as fêmeas são cinza, não importando a raça. A vida reprodutiva das fêmeas tem início aos 24 meses e a dos machos a partir dos 30 meses, durando aproximadamente 40 anos. São aves de vida longa, aproximadamente 70 anos.

A estação reprodutiva dura em média 6 a 7 meses, sendo que no Brasil este período ocorre entre os meses de agosto a fevereiro. Nossa empresa induz a postura de Março a Outubro porém naturalmente. Em média uma boa fêmea bota de 50 a 60 ovos por ano, algumas ultrapassam essa marca e chegam a botar até 130 ovos.

Obs: Não existe uma subespécie que produza mais filhotes, ou que, seja mais dócil que a outra. O que existe são animais dentro de uma subespécie que se destacam na produtividade, e ganho de peso. Por isso o futuro criador deve adquirir seus reprodutores de uma fonte confiável e que possua um rígido controle genético e de aperfeiçoamento.

Classificação

Filo : Chordata

Classe : Aves

Ordem : Struthioniformes

Subordem : Struthiones

Família : Struthionidae

Gênero : Struthio

Espécie : Struthio camelus

A família Struthionidae apresenta um único gênero e uma espécie. Existem quatro subespécies selvagens de avestruz, cuja classificação é feita de acordo com o tamanho, plumagem, porosidade da casca dos ovos e outras diferentes características externas. As subespécies de avestruzes encontradas hoje são:

Struthio camelus camelus Linneu

Avestruz da África do Norte, conhecido como “avestruz Mali”. Encontrado ao longo do continente africano, desde a Mauritânia até a Etiópia. São mais altos, com patas mais largas, apresentando o pescoço avermelhado, plumagem ondulada e de maior densidade, e na cabeça uma região nua. Os ovos são maiores e mais lisos que os das espécies da África do Sul.

Struthio camelus massaicus Naumann

Avestruz da África Oriental, conhecido como “avestruz Masai”. Encontrado principalmente na Tanzânia e Quênia. São ligeiramente maiores que os da África do Sul e possuem pescoço rosado, que se torna vermelho na época de reprodução.

Struthio camelus molybdophanes Reichenow

Encontrado na Somália, Etiópia e Quênia, conhecido como “avestruz da Somália”. Menores que os da África do Sul, possuem uma região nua e córnea na cabeça. O pescoço e as pernas apresentam coloração cinza-azulada.

Struthio camelus australis Gurney

Avestruz da África do Sul, encontrado ao sul dos Rios Zambezi e Cunane. Apresentam o pescoço cinza-azulado e uma espécie de penugem na cabeça.

A subespécie Struthio camelus syriacus Rothschild , avestruz do Oriente Médio, foi extinta entre 1940 e 1970.

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